sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Entrevista:

RÔMULO MARTINS CONCEDEU ENTREVISTA AO JORNAL GAZETA DE IPANEMA

Por Deidimar Ferreira Pena
Jornal Gazeta de Ipanema


Sr. Rômulo, como surgiu à idéia de formar o Centro Cultural Jésus Schitini?
R – Há mais de 30 anos atrás e sentindo a necessidade da Igreja, Escola, Prefeitura, Fórum, de terem um local específico para guardar seus bens antigos e que compunham a história de nossa Ipanema resolvi criar este Centro. O material ficava no tempo e muitas das vezes esquecidos ao relento

Que tipo de material era este?
R – Documentos de Escola, Livros de igreja, peças religiosas e musicais, harmônicos, inclusive um Vico do Rio Grande do Sul com paletas Alemãs e que nunca desafinam, objetos relacionados ao antigo Fórum de Ipanema desde 1916 Púlpito, fotos antigas, enfim uma séria de material que ao longo do tempo conseguimos resgatar. Um exemplo claro foram documentos da antiga Escola Colégio Imaculada Conceição, fundado em 1948, uma das maiores obras da região daquela época.
   E hoje vejo a minha casa transformada na Associação Histórica e Cultural Recanto Maestro Jésus Schitini.

Qual o motivo o levou a homenagear o Maestro Jésus Schutini?
Foi através de uma singela amizade construída em fincão da música, na época eu tinha apenas 17 anos. Compositor nato o Maestro Jésus Schitini era um pessoa maravilhosa, muito humilde e que compôs centenas de músicas executada até hoje por grandes cantores e ouvida pelo mundo. Ele foi criado pelo Padre Miguel em Simonésia  pois seu Pai João Miguel Alves não possuía condição para insto, mas esta história iremos relatar para este jornal no devido tempo assim como outros artigos não só de para Ipanema mas para outras localidades , visto que este quinzenário irá circular por tantos outras cidades.
  Ao ser consagrado como artista Jésus Schitini tem uma grande importância para a música Brasileira.

Sr. Rômulo, na questão financeira  como Pretende que seja mantido este patrimônio histórico, visto que depende de recursos?
Apesar de todas as dificuldades encontradas durante estes 30 anos os recursos advindos para a sustentação deste projeto, que hoje é também para mim um projeto de vida, sempre foram retirados do meu suado dinheiro, de minha aposentadoria para resgatar a memória de nossa gente. Muitas das vezes fui criticado até pelos meus parentes e amigos que me chamaram até de doido de um visionário, mas hoje sinto que valeu a pena.
   Gostaria de ressaltar que ao longo destes anos contei com o apoio moral de Dona Alice Calhau Gouveia que conta hoje com 96 anos bem vividos e que sempre nos apoiou, nos nossas idéias e objetivos. Por várias vezes tive a apoio financeiro de um amigo  Dr. Carlos  Alberto Moreira Xavier (Juiz Aposentado) nascido em Ipanema.
Gostaria de ressaltar a ajuda escritora Ivone Luzia Vieira e suas irmãs e deixo aqui os meus agradecimentos.
   Aproveitando a espaço que o Jornal Gazeta de Ipanema me ofereceu  nesta edição Inaugural e solicito que as autoridades competentes e o poder Público de nosso Município apóiem esta jornada, pois um povo sem memória e um povo cultura.
    A câmara Municipal de Ipanema em 2007 aprovou por unanimidade Projeto de Lei dando como utilidade Pública a Associação, mas recursos financeiros até o momento não apareceram, sei que os tramites da lei para este procedimento são demorados, mas continuo contando com a esperança de que a atual Administração vai nos apoiar.

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